11.3.21

LANA CAPRINA: ÍNDICE



Obras seleccionadas de literatura infanto-juvenil

 

A literatura infanto-juvenil

 

Considera-se a literatura que é escrita tendo como destinatários as crianças e jovens e, também, que é escolhida por estes. E, ainda, nos vários modos e géneros literários.

 

A indefinição literária da banda desenhada afastou-a, com uma ou outra excepção, das obras abaixo apresentadas.

 

Na selecção das obras, tentou-se ter em conta os benefícios da leitura na formação das crianças e jovens.

 

As obras literárias estão ordenadas cronologicamente (ano de publicação entre parênteses).

 

 

O início da literatura infanto-juvenil

 

Nas origens da literatura infanto-juvenil estão os contos populares, que nunca deixaram de ser uma fonte inesgotável a que os escritores de obras para a infância foram procurar inspiração.

 

No que concerne à literatura infanto-juvenil da nossa língua, estiveram na sua origem os contos tradicionais orais, os romances de cavalaria e as cartilhas para aprender a ler.

 

Charles Perrault, Jean de La Fontaine, os irmãos Grimm (Jacob e Wilhelm Grimm) e Christian Andersen são os mais notáveis escritores de histórias infantis.

 

 

As obras da literatura infanto-juvenil

 

As primeiras obras

 

Bíblia, contos

 

Hesíodo (grego), fábulas

 

Esopo (grego), fábulas

 

Fedro (século I, fabulista romano), fábulas

 

As Mil e Uma Noites - um conjunto de histórias e contos populares de língua árabe

 

 

Viagens - de Marco Polo (século XIII)

 

Gargântua e Pantagruel - François Rabelais (século XVI)

 

Crónica do Imperador Clarimundo - de João de Barros (1522)

 

Menina e Moça - de Bernardim Ribeiro (1554)

 

Contos e Histórias de Proveito e Exemplo - de Gonçalo Fernandes Trancoso (1575)

 

Dom Quixote de la Mancha – Miguel de Cervantes (1605-1615)

 

 

Os primeiros génios

 

Contos ou Histórias dos Tempos Idos - Charles Perrault (1697)

 

Fábulas de La Fontaine - de Jean de La Fontaine (século XVII)

 

 

Do século XVIII aos Irmãos Grimm

 

Robinson Crusoé - de Daniel Defoe (1719)

 

As Viagens de Gulliver – de Jonathan Swift (1726)

 

A Bela e o Monstro - de Jeanne-Marie Leprince de Beaumont (1756)

 

O Quebra-Nozes e o Rei Rato - de E. T. A. Hoffmann (1816)

 

Ivanhoe - de Walter Scott (1819)

 

A Lenda do Cavaleiro sem Cabeça e outros contos - de Washington Irving (1819)

 

Contos de Grimm - (uma seleção) - de Irmãos Grimm (Jacob e Wilhelm Grimm) - (1825)

 

 

As obras literárias do século XIX

 

Oliver Twist - de Charles Dickens (1837)

Um Cântico de Natal - de Charles Dickens (1843)

 

Os Três Mosqueteiros - de Alexandre Dumas (1844)

 

Seleção de Contos de Andersen - de Hans Christian Andersen (Contos, 1835-1872)

 

O Livro dos Disparates - de Edward Lear (1846)

 

Moby Dick – de Herman Melville (1851)

 

Romanceiro - de Almeida Garrett (1854)

 

Os Bebés da Água - de Charles Kingsley (1863)

 

Viagem ao Centro da Terra - de Júlio Verne (1864)

Vinte Mil Léguas Submarinas - de Júlio Verne (1870)

A Volta ao Mundo em 80 Dias - de Júlio Verne (1872)

 

As Mais Belas Histórias da Condessa de Ségur - de Condessa de Ségur (século XIX)

 

Alice no País das Maravilhas - Lewis Carroll (1866)

 

Mulherzinhas - de Louisa May Alcott (1868)

 

As Aventuras de Tom Sawyer - de Mark Twain (1876)

 

 

Contos para a Infância - de Guerra Junqueiro (1875)

 

O Cavalo Preto - de Anna Sewell (1877)

 

Contos Populares Portugueses - de Adolfo Coelho (1879)

 

Contos e Fantasias - de Maria Amália Vaz de Carvalho (1880)

 

Heidi - de Johanna Spyri (1881)

 

As Aventuras de Pinóquio - de Carlo Collodi (1883)

 

As Aventuras de Robin dos Bosques - de Howard Pyle (1883)

A História do Rei Artur e dos Seus Cavaleiros - de Howard Pyle (1903)

 

A Ilha do Tesouro - de Robert Louis Stevenson (1883)

 

Contos Tradicionais do Povo Português - (uma seleção) - de Teófilo Braga (1883)

 

História de Jesus para as Criancinhas Lerem - de Gomes Leal (1883)

 

Tesouro Poético da Infância - de Antero de Quental (1883)

 

Coração - de Edmondo De Amicis (1886)

 

Contos - de Eça de Queirós (1874-1898; 1902)

 

O Aniversário da Infanta - de Oscar Wilde (1891)

 

Campo de Flores - de João de Deus (1893)

 

O Livro da Selva - de Rudyard Kipling (1894)

 

Sandokan e os Piratas da Malásia - de Emílio Salgari (1896)

 

 

O século XX (Primeira Metade)

 

O Feitiçeiro de Oz - de L. Frank Baum (1900)

 

Cinco Crianças e um Segredo - de E. Nesbit (1902)

 

A história do Pedrito Coelho - de Beatrix Potter (1902)

 

O Apelo Selvagem - de Jack London (1903)

 

Contos Tradicionais Portugueses - de Ana de Castro Osório (1905)

 

Em Pleno Azul - de Virgínia de Castro e Almeida (1907)

 

A Maravilhosa Viagem de Nils Holgersson através da Suécia - de Selma Lagerlöf (1907)

 

Ana dos Cabelos Ruivos - de Lucy Maud Montgomery (1908)

 

Contos Populares Portugueses - de Consiglieri Pedroso (1910)

 

O Jardim Secreto - de Frances Hodgson Burnett (1911)

 

Peter Pan - de J. M. Barrie (1911)

 

O Livro dos Santos & Heróis - de Andrew Lang e Leonora Lang (1912)

 

Tarzan dos Macacos - de Edgar Rice Burroughs (1912)

 

Pollyanna - de Eleanor H. Porter (1913)

 

O Romance de Amadis - de Afonso Lopes Vieira (1923)

 

Romance da Raposa - de Aquilino Ribeiro (1924)

 

Contos Gregos - de António Sérgio (1925)

 

 

Sítio do Pica-pau Amarelo - 23 volumes escritos entre 1920-1947 - de Monteiro Lobato

 

O Romance das Ilhas Encantadas - de Jaime Cortesão (1926)

 

Puff e os Seus Amigos - de A. A. Milne (Winnie-the-Pooh, 1926)

 

Tintin no Congo - de Hergé (1931), álbum da série de banda desenhada "As Aventuras de Tintin"

 

Contos Tradicionais Portugueses - de Ana de Castro Osório (escritora, 1872-1935)

 

Portugal Pequenino - de Maria Angelina e Raul Brandão (1934)

 

 

O Pós-Guerra

(Segunda Guerra Mundial, 1939-1945)

 

Os Cinco na Ilha do Tesouro - de Enid Blyton (1942)

 

O Principezinho - de Antoine de Saint-Exupéry (1943)

 

Pippi das Meias Altas - de Astrid Lindgren (1945)

 

O Pequeno Cavalo Branco - de Elizabeth Goudge (1946)

 

Bichos, Bichinhos e Bicharocos - de Sidónio Muralha (1949)

 

O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa - um dos sete volumes de "As Crónicas de Nárnia" - de C. S. Lewis (1950-1956)

 

A Sociedade do Anel - da trilogia "O Senhor dos Anéis" - de J. R. R. Tolkien (1954)

 

O Deus das Moscas - William Golding (1954)

 

A Vida Mágica da Sementinha - de Alves Redol (1956)

 

Como o Grinch Roubou o Natal - de Dr. Seuss (1957)

 

A Menina de Porcelana e o General de Ferro - de Esther de Lemos (1957)

 

Queres Ouvir? Eu Conto - de Irene Lisboa (1958)

 

A Menina do Mar - de Sophia de Mello Breyner Andresen (1958)

 

 

As obras mais recentes

(provavelmente, escolhas pouco consensuais)

 

Onde Vivem os Monstros - de Maurice Sendak (1963)

 

Contos Populares e Lendas - de José Leite de Vasconcelos (1964)

 

O Meu Pé de Laranja Lima - de José Mauro de Vasconcelos (Brasil, 1968)

 

Uma Lagarta Muito Comilona - de Eric Carle (1969)

 

O Príncipe de Ouro - de Ricardo Alberty (1971)

 

O Elefante Cor-de-Rosa - de Luísa Dacosta (1974)

 

O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá - de Jorge Amado (1976)

 

Rosa, Minha Irmã Rosa - de Alice Vieira (1979)

 

GGG: O Grande Gigante Gentil - de Roald Dahl (1982)

 

Aquela Nuvem e Outras - de Eugénio de Andrade (1986)

 

O Inventão - de Manuel António Pina (1987)

 

Lengalengas - de Luísa Ducla Soares (1988)

 

A Toupeira que Queria Saber quem lhe Fizera Aquilo na Cabeça - de Werner Holzwarth (1989)

 

Harry Potter e a Pedra Filosofal - de J. K. Rowling (1997)

 

O Grufalão - de Julia Donaldson (1999)

 

Persépolis - de Marjane Satrapi (2000)

 

A Chuva Pasmada - de Mia Couto (2004)

 

Pê de Pai - de Isabel Minhós Martins (2006)

 

A Rainha dos Estapafúrdios - de José Eduardo Agualusa (2012)

 

 

 

Ai que prazer

Não cumprir um dever,

Ter um livro para ler

E não o fazer!

(...)

 

Grande é a poesia, a bondade e as danças...

Mas o melhor do mundo são as crianças,

Flores, música, o luar, e o sol, que peca

Só quando, em vez de criar, seca.

 

LIBERDADE, Fernando Pessoa

 

 

As obras literárias avaliadas estão publicadas em Portugal, mas algumas poderão estar esgotadas no mercado livreiro português.

 

28.5.20

Os condes da Flandres (séc. IX-XVIII)


Os condes da Flandres
Condado da Flandres, séc. IX-XVIII


Condado da Flandres (Idade Média)


Casa da Flandres (862-1119)

Balduíno I da Flandres, primeiro margrave ou conde da Flandres (Flandria em latim, Vlaanderen em neerlandês e Flandre em francês), vassalo do rei Carlos II, o Calvo (reinou de 840 a 877, neto de Carlos Magno), do Reino ocidental dos Francos (Francia ocidental, 843-987)

Balduíno II da Flandres (filho do antecedente)
Arnolfo I da Flandres
Balduíno III da Flandres
Arnolfo II da Flandres
Balduíno IV da Flandres
Balduíno V da Flandres

O conde Balduíno V, cunhado de Henrique I, rei dos Francos (antes duque de Borgonha), foi regente na menoridade do sobrinho, Filipe I, rei dos Francos em 1060-1108. Balduíno V e a consorte, Adélia da França (que foi casada duas vezes, filha de Roberto II, rei dos Francos e, também, tia-avó de Henrique de Borgonha, conde de Portucale), foram pais do conde Balduíno VI, de Matilde da Flandres (rainha consorte de Guilherme I de Inglaterra) e, ainda, do conde Roberto I.

Balduíno VI da Flandres (também conde do Hainaut)

Balduíno VI (que foi neto materno de Roberto II, rei dos Francos) casou com Riquilda, condessa do Hainaut, tornando-se conde do Hainaut e, posteriormente, também herdou o condado da Flandres. Balduíno VI e Riquilda do Hainaut foram pais de Arnolfo III da Flandres, conde da Flandres e do Hainaut (sem descendência) e de Balduíno II, conde do Hainaut (sucede ao irmão no Hainaut).

Balduíno VI da Flandres, também conde do Hainaut (como Balduíno I), e Riquilda do Hainaut (herdeira do Hainaut) foram pais de Arnolfo III da Flandres, conde da Flandres e do Hainaut (sem descendência) e de Balduíno II, conde do Hainaut (sucede ao irmão no Hainaut).

Arnolfo III da Flandres (também conde do Hainaut)

Arnolfo III da Flandres (também conde do Hainaut, como Arnolfo I) e Balduíno II do Hainaut foram filhos de Balduíno VI da Flandres.

Roberto I da Flandres (tio do antecedente)

O conde Roberto I foi filho de Balduíno V da Flandres e, portanto, tio de Arnolfo III (a quem sucede na Flandres).



Balduíno V, conde da Flandres
~
Balduíno VI, conde da Flandres e do Hainaut (pai de Arnolfo III da Flandres e de Balduíno II do Hainaut)
&
Matilde da Flandres, rainha consorte de Guilherme I de Inglaterra (duque da Normandia e fundador da dinastia dos reis normandos de Inglaterra) e que foram avós do conde Guilherme da Flandres
&
Roberto I, conde da Flandres



Roberto I, conde da Flandres
~
Roberto II, conde da Flandres (pai do conde Balduíno VII da Flandres)
&
Adélia da Flandres, rainha consorte de Canuto IV da Dinamarca (pais do conde Carlos I da Flandres)
&
Gertrudes da Flandres, consorte do duque Teodorico II de Lorena (pais do conde Teodorico da Flandres)
&
Filipe da Flandres



Roberto II da Flandres (filho do antecedente)
Balduíno VII da Flandres (falecido em 1119, sem descendência, foi sucedido pelo primo direito, Carlos I da Flandres)


Casa da Dinamarca (1119-1127)

Carlos I da Flandres (falecido em 1127 sem descendência), neto materno de Roberto I da Flandres, filho do rei Canuto IV da Dinamarca e de Adélia da Flandres (que foi casada duas vezes)


Dinastia Normanda (1127-1128)

Guilherme da Normandia, conde da Flandres (falecido em 1128, sem descendência), filho do duque Roberto II da Normandia, foi neto do rei Guilherme I de Inglaterra e de Matilde da Flandres (irmã de Balduíno VI e de Roberto I da Flandres) e, portanto, bisneto do conde Balduíno V da Flandres


Casa da Alsácia (1128-1194)

Teodorico da Alsácia, conde da Flandres (em 1128-1168, primo direito de Baduíno VII e de Carlos I da Flandres)

O conde foi filho de Teodorico II, duque de Lorena e de Gertrudes da Flandres e, portanto, neto materno de Roberto I da Flandres e, ainda, primo direito de Balduíno VII e de Carlos I da Flandres (foi também irmão consanguíneo do duque Simão I de Lorena).



Teodorico II, duque de Lorena
~
Simão I, duque de Lorena (tio de Filipe da Alsácia)
&
Teodorico da Alsácia, conde da Flandres (irmão consanguíneo de Simão I)



Teodorico II, duque de Lorena
~
Simão I de Lorena
~
Mateus I de Lorena (primo direito de Filipe da Alsácia)
~
Alice de Lorena, casada com Hugo III, duque de Borgonha (e irmã de Simão II de Lorena)
~
Odo III de Borgonha, casado com Matilde de Portugal (segundo consorte de Matilde, ambos casados duas vezes)



Filipe da Alsácia, conde da Flandres (filho do antecedente)

Filipe da Alsácia, conde da Flandres (em 1168-1191), sem descendência, casado em primeiras núpcias com Isabel, condessa de Vermandois e, em segundas núpcias em 1184, com Matilde, infanta de Portugal (filha de Afonso I, primeiro rei de Portugal e de Mafalda de Sabóia).

Filipe da Alsácia (1143-1191), conde da Flandres, filho do conde Teodorico e de Sibila de Anjou (filha de Fulco V de Anjou, conde de Anjou e rei de Jerusalém e, portanto, irmã de Godofredo V, o Plantageneta, conde de Anjou, que foi casado com Matilde, imperatriz viúva do Sacro Império Romano-Germânico e princesa herdeira de Inglaterra e pais de Henrique II de Inglaterra), foi primo direito de Henrique II, rei de Inglaterra (em 1154-1189, fundador da dinastia Plantageneta), duque da Normandia e da Aquitânia e conde de Anjou (casado com Leonor da Aquitânia, que foi duquesa da Aquitânia, rainha consorte de Luís VII, rei dos Francos de 1137 a 1180 e, ainda, depois de anulado este casamento, rainha consorte de Henrique II).



Henrique II de Inglaterra (em 1154-1189, filho dos soberanos Matilde e Godofredo) e Leonor, duquesa da Aquitânia (rainha)
~
Henrique, “o Jovem” (falecido em 1183), rei associado em 1170-1183, com o pai, casado com Margarida da França (filha de Luís VII, rei dos Francos e de Constança de Castela e, portanto, neta materna de Afonso VII de Castela e Leão), rainha consorte de Inglaterra (posteriormente, foi também rainha consorte da Hungria e Croácia em 1186 e faleceu em 1197 sem descendência)
&
Ricardo I de Inglaterra, “o Coração de Leão” (em 1189-1199), casado com Berengária de Navarra (a rainha não teve descendência)
&
Leonor Plantageneta, rainha consorte de Afonso VIII de Castela, tendo sido pais de Berengária, rainha de Castela e rainha consorte de Afonso IX de Leão, de Urraca, rainha consorte de Afonso II de Portugal (rei em 1211-1223), de Branca, rainha consorte de Luís VIII da França (filho dos reis Filipe II da França e Isabel do Hainaut), de Leonor, rainha consorte de Jaime I de Aragão e, ainda, de Henrique I de Castela (casou com a Rainha Beata Mafalda, filha de Sancho I de Portugal)
&
Joana de Inglaterra, rainha consorte de Guilherme II da Sicília e também casada, em segundas núpcias, com Raimundo VI (1156-1222), conde de Tolosa (“comte de Toulouse”)
&
João de Inglaterra (João Sem-Terra, rei em 1199-1216, último duque da Normandia, conquistada pelo rei Filipe II da França, rei de 1180 a 1223)



O conde Filipe foi casado em primeiras núpcias com Isabel, condessa de Vermandois (irmã e sucessora de Raul II de Vermandois), sem descendência e, depois de enviuvar, em segundas núpcias (1184) com Matilde, infanta de Portugal.

Isabel de Vermandois foi irmã e sucessora de Raul II, conde de Vermandois (sem descendência, foi o primeiro consorte de Margarida I da Flandres, irmã de Filipe da Alsácia) e foi, ainda, bisneta de Henrique I, rei dos Francos, antes duque de Borgonha, da dinastia Capetiana (tio-avô de Henrique, conde de Portucale).

Filipe da Alsácia participa na Terceira Cruzada, vindo a falecer num dos primeiros confrontos, no Cerco de Acre (São João de Acre, na Palestina), vítima de peste, em 1191 (sem descendência).

A infanta Matilde de Portugal, condessa da Flandres e, depois, duquesa de Borgonha (falecida em 1218), que usou os nomes Mafalda Afonso, Teresa e, também, Maltide, contraiu dois casamentos.

Matilde, condessa da Flandres ficou viúva em 1191 e volta a casar em 1193 com Odo III (1166-1218), duque de Borgonha (em 1192-1218), filho do duque Hugo III e de Alice de Lorena. No entanto, o casal separou-se em 1195.



Teodorico da Alsácia, conde da Flandres
~
Filipe da Alsácia, conde da Flandres (casado em segundas núpcias com Matilde de Portugal, condessa-velha da Flandres, falecida em 1218)
&
Margarida I, condessa da Flandres, casada com Balduíno V do Hainaut, conde do Hainaut e da Flandres (Balduíno VIII da Flandres)



condes Margarida I da Flandres e Balduíno V do Hainaut
~
Isabel do Hainaut, rainha consorte de Filipe II da França e, portanto, mãe de Luís VIII da França
&
Balduíno de Constantinopla, conde do Hainaut e da Flandres e imperador latino de Constantinopla
&
Filipe I de Namur (que foi regente do irmão e da sobrinha no condado da Flandres, falecido em 1212 sem descendência)



condes Margarida I da Flandres (irmã de Filipe da Alsácia, conde da Flandres, casado em segundas núpcias com Matilde de Portugal) e Balduíno V do Hainaut (trineto de Balduíno VI da Flandres)
~
Balduíno de Constantinopla, conde do Hainaut e da Flandres e imperador latino de Constantinopla
~
Joana de Constantinopla, condessa da Flandres e do Hainaut de 1205 a 1244 (com regência, até 1212, do tio, Filipe I de Namur), com os consortes Fernando de Portugal e Tomás de Sabóia
&
Margarida II de Constantinopla, condessa da Flandres (como Margarida II, em 1244-1278) e do Hainaut (Margarida I, 1244-1280), que foi mãe de João de Avesnes, conde hereditário do Hainaut (pai de João II de Avesnes, conde do Hainaut, conde da Holanda e da Zelândia), de Guilherme II, conde da Flandres, senhor de Dampierre e, também, de Guido de Dampierre, conde da Flandres (pai de Roberto III, conde da Flandres)



A infanta Matilde de Portugal, condessa da Flandres e, depois, duquesa de Borgonha (falecida em 1218), foi casada em primeiras núpcias, em 1184, com o conde Filipe da Flandres e, em segundas núpcias em 1193, com Odo III (1166-1218), duque de Borgonha em 1192-1218 (o casal separou-se em 1195) e foi, ainda, tia de Fernando, infante de Portugal (filho do rei Sancho I), conde da Flandres (co-regente da Flandres e do Hainaut com a consorte Joana de Constantinopla) e tia por afinidade de Isabel do Hainaut, rainha consorte de Filipe II da França (e mãe de Luís VIII da França), de Balduíno de Constantinopla, conde do Hainaut e da Flandres e imperador latino de Constantinopla (que foi pai das condessas Joana e Margarida de Constantinopla) e, também, de Filipe I de Namur (que foi regente do irmão e da sobrinha no condado da Flandres).

Margarida I da Flandres (irmã de Filipe da Alsácia), condessa da Flandres (em 1191-1194) com o consorte, Balduíno V do Hainaut, conde do Hainaut e da Flandres (Balduíno VIII da Flandres)

Margarida I, condessa da Flandres e do Hainaut foi filha do conde Teodorico da Flandres e de Sibila de Anjou e, portanto, irmã e sucessora de Filipe da Alsácia e foi, ainda, casada em primeiras núpcias, sem descendência, com Raul II, conde de Vermandois.

Balduíno V do Hainaut (1150-1195), conde do Hainaut e da Flandres, segundo consorte de Margarida I da Flandres, foi trineto de Balduíno VI da Flandres (também conde do Hainaut).



Balduíno VI da Flandres (também conde do Hainaut)
~
Balduíno II, conde do Hainaut (irmão mais novo de Arnolfo III da Flandres, conde da Flandres e do Hainaut)
~
Balduíno III, conde do Hainaut
~
Balduíno IV, conde do Hainaut
~
Balduíno V do Hainaut, conde do Hainaut e da Flandres (Balduíno VIII da Flandres), casado com Margarida I da Flandres (filha de Teodorico da Alsácia, conde da Flandres)



Balduíno V do Hainaut, conde do Hainaut e da Flandres (Balduíno VIII da Flandres), com a consorte, Margarida I da Flandres, foram pais de Isabel do Hainaut, rainha consorte de Filipe II da França (que reinou de 1180 a 1223 e foram pais de Luís VIII e avós de Luís IX da França), de Balduíno de Constantinopla, conde do Hainaut e da Flandres e imperador latino de Constantinopla e, também, de Filipe I de Namur (falecido em 1212 sem descendência).


Casa da Flandres (1194-1278)

Balduíno de Constantinopla (Balduíno VI do Hainaut), conde do Hainaut e da Flandres e imperador latino de Constantinopla (filho dos antecedentes)

Balduíno de Constantinopla (1171-1205 ou 1206), conde do Hainaut (como Balduíno VI) e da Flandres (Balduíno IX) de 1194 a 1205 e imperador latino de Constantinopla em 1204-1205 (o primeiro do Império Latino de Constantinopla, um Estado Cruzado de 1204 a 1261, no período de ocupação do Império Bizantino, território que durou de 395 a 1453, pelos cruzados), foi pai de Joana e de Margarida de Constantinopla.



Balduíno V do Hainaut (1150-1195), conde do Hainaut e da Flandres (Balduíno VIII da Flandres), casado com Margarida I da Flandres (filha de Teodorico da Alsácia, conde da Flandres)
~
Balduíno de Constantinopla (1171-1205 ou 1206), conde do Hainaut (como Balduíno VI) e da Flandres (Balduíno IX) e imperador latino de Constantinopla (em 1204-1205, o primeiro do Império Latino de Constantinopla), casado com Maria de Champanhe
~
Joana de Constantinopla (c. 1200-1244), condessa da Flandres e do Hainaut (em 1205-1244, com regência, até 1212, do tio, Filipe I de Namur), casada em primeiras núpcias com Fernando, infante de Portugal (filho de Sancho I e sobrinho de Matilde de Portugal), co-regente da Flandres e do Hainaut em 1212-1233 e, em segundas núpcias, com Tomás de Sabóia, senhor de Piemonte (filho do conde Tomás I de Sabóia), co-regente em 1237-1244 (falecido em 1259)
&
Margarida II de Constantinopla (c. 1202-1280), condessa da Flandres (Margarida II, em 1244-1278) e do Hainaut (Margarida I, 1244-1280), irmã e sucessora de Joana de Constantinopla, foi casada com Burcardo de Avesnes e, em segundas núpcias, com Guilherme II de Dampierre, senhor de Dampierre; posteriormente, a condessa nomeou os filhos do segundo consorte como herdeiros, surgindo a disputa dos condados entre os dois ramos da família de Margarida, o ramo dos Avesnes e o ramo dos Dampierre



Balduíno I de Constantinopla foi ainda irmão de Isabel do Hainaut, rainha consorte de Filipe II da França (reinado em 1180-1223).

Joana de Constantinopla, condessa da Flandres e do Hainaut de 1205 a 1244, com os consortes Fernando de Portugal e Tomás de Sabóia

Joana, condessa da Flandres foi casada em primeiras núpcias com Fernando, infante de Portugal (filho de Sancho I e sobrinho de Matilde de Portugal), co-regente da Flandres e do Hainaut em 1212-1233 e, em segundas núpcias, com Tomás de Sabóia, senhor de Piemonte (filho do conde Tomás I de Sabóia), co-regente em 1237-1244 (falecido em 1259).

Fernando, infante de Portugal e conde da Flandres (1188-1233), foi co-regente da Flandres e do Hainaut de 1212 a 1233 com a consorte, Joana de Constantinopla, que foi sobrinha-neta de Filipe I da Flandres e de Matilde de Portugal (a condessa-velha da Flandres).

O conde Fernando (consorte de Joana) foi filho do rei Sancho I de Portugal e sobrinho da condessa-velha da Flandres, Matilde de Portugal (falecida em 1218). O infante de Portugal e conde da Flandres foi, portanto, neto do primeiro rei de Portugal (Afonso Henriques).

Joana de Constantinopla (c. 1200-1244), foi condessa da Flandres e do Hainaut (em 1205-1244), sendo regente o tio, Filipe I de Namur, em 1205-1212.

Filipe I de Namur assumiu a regência dos condados da Flandres e do Hainaut até falecer, em 1212 (sem descendência), na ausência do irmão, Balduíno de Constantinopla, que decidira participar na Quarta Cruzada (1202-1204) e, depois, durante a menoridade da sobrinha, Joana de Constantinopla.

Joana de Constantinopla, sobrinha-neta dos condes Filipe I da Flandres e de Matilde de Portugal, casou em 1212 com Fernando, infante de Portugal e conde da Flandres (falecido em 1233), irmão do rei de Portugal e sobrinho da condessa-velha da Flandres (Matilde de Portugal, falecida em 1218).

Joana de Constantinopla casou em segundas núpcias, em 1237, com Tomás de Sabóia, conde da Flandres, senhor de Piemonte, filho do conde Tomás I de Sabóia.

Batalha de Bouvines, 1214

Margarida II de Constantinopla (irmã de Joana de Constantinopla), condessa da Flandres de 1244 a 1278 (e condessa do Hainaut, até à Guerra da Sucessão da Flandres e do Hainaut), com os filhos do segundo casamento, Guilherme II, conde da Flandres (co-regente do condado, associado à mãe, falecido em 1251, sem descendência), senhor de Dampierre e, também, Guido de Dampierre, conde da Flandres

Margarida II de Constantinopla, condessa da Flandres (como Margarida II, em 1244-1278) e do Hainaut (Margarida I, 1244-1280), irmã e sucessora de Joana de Constantinopla, foi casada com Burcardo de Avesnes e, em segundas núpcias, com Guilherme II de Dampierre, senhor de Dampierre.

Margarida II de Constantinopla (c. 1202-1280) assumiu o condado após a morte da irmã, em 1244, tendo nomeado os filhos do segundo consorte como herdeiros, surgindo, assim, a disputa dos condados entre os dois ramos da família de Margarida, o ramo dos Avesnes e o ramo dos Dampierre.



Burcardo de Avesnes e Margarida de Constantinopla (senhora de Beaumont, posteriormente, condessa da Flandres e do Hainaut)
~
João de Avesnes (1218-1257), conde hereditário do Hainaut
&
Balduíno de Avesnes, senhor de Beaumont



João de Avesnes (1218-1257), conde hereditário do Hainaut (a condessa Margarida de Constantinopla administrou o Hainaut, não entregando o condado ao filho, líder do ramo dos Avesnes)
~
João II de Avesnes, conde do Hainaut (em 1280-1304, como João I), conde da Holanda e da Zelândia (1299-1304, João II); com o conde João, o Hainaut passou para a Casa de Avesnes e, posteriormente, para a Dinastia Wittelsbach (Baviera), até ser cedido a Filipe III, duque de Borgonha (filho de Margarida da Baviera)



Guilherme II, conde da Flandres (co-regente do condado, associado à mãe, falecido em 1251, sem descendência), senhor de Dampierre (como Guilherme III)

Guerra da Sucessão da Flandres e do Hainaut (1244-1254)
O rei Luís IX da França (em 1226-1270, São Luís da França, pai de Filipe III da França e de Roberto, conde de Clermont e senhor de Bourbon) concede a Flandres a Guilherme II, conde da Flandres, senhor de Dampierre (Guilherme III).


Casa de Dampierre (1278-1405)

Guido de Dampierre, conde da Flandres (em 1278-1305)



Teobaldo de Dampierre (séc. XI-XII)
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Guido I de Dampierre
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Guilherme I de Dampierre
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Guido II de Dampierre, senhor de Dampierre, casado com Matilde I de Bourbon, senhora de Bourbon (senhorio de que era titular por direito próprio)
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Archambaud VIII de Bourbon, senhor de Bourbon (sucedeu no senhorio à mãe), da Casa de Dampierre
&
Guilherme II de Dampierre, senhor de Dampierre (sucedeu nesse senhorio ao pai), casado com Margarida de Constantinopla (falecida em 1280, filha de Balduíno de Constantinopla, conde do Hainaut e da Flandres e primeiro imperador latino de Constantinopla)



Archambaud VII de Bourbon, senhor de Bourbon
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Archambaud de Bourbon (falecido antes do pai)
~
Matilde I de Bourbon, senhora de Bourbon (senhorio de que era titular por direito próprio), neta e sucessora de Archambaud VII de Bourbon, foi casada, em segundas núpcias, com Guido II de Dampierre, senhor de Dampierre, tendo sido avós de Guilherme II da Flandres e de Guido de Dampierre, condes da Flandres
~
Archambaud VIII de Bourbon, senhor de Bourbon (sucedeu no senhorio à mãe), da Casa de Dampierre (irmão de Guilherme II de Dampierre e, portanto, tio dos condes da Flandres)
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Archambaud IX de Bourbon, senhor de Bourbon
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Matilde II de Bourbon, condessa de Nevers (título herdado da mãe), casada com Odo de Borgonha (sem filho varão e que faleceu antes do seu pai, Hugo IV da Borgonha e, portanto, irmão de Roberto II, duque de Borgonha), pais de Iolanda de Borgonha, condessa de Nevers (casada com Roberto III, conde da Flandres, da Casa de Dampierre)
&
Inês de Bourbon (herdeira do senhorio de Bourbon), casada em primeiras núpcias com João de Borgonha, senhor de Charolais e senhor de Bourbon (filho do duque Hugo IV da Borgonha) e, em segundas núpcias (sem descendência), com Roberto II, conde de Artois (que teve três casamentos e prole); Inês de Bourbon e João de Borgonha foram pais de Beatriz de Borgonha, que herdou os domínios de ambos e casou-se com o príncipe Roberto, conde de Clermont (filho do rei Luís IX, São Luís da França), antepassados da Casa de Bourbon



Guilherme II de Dampierre, senhor de Dampierre (falecido em 1231), casado com Margarida de Constantinopla, senhora de Beaumont e, posteriormente, condessa da Flandres (em 1244-1278) e do Hainaut (1244-1280), falecida em 1280 (foi também casada, com prole, em primeiras núpcias com Burcardo de Avesnes)
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Joana de Dampierre (sem descendência, casada em primeiras núpcias com o conde de Rethel e em segundas núpcias com o conde de Bar)
&
Guilherme II, conde da Flandres (co-regente do condado, associado à mãe, falecido em 1251, sem descendência), senhor de Dampierre (Guilherme III)
&
Guido de Dampierre (1225-1305), conde da Flandres (em 1278-1305; administrou o condado da Flandres após a morte do irmão), foi sucedido pelo filho, Roberto III da Flandres, conde da Flandres em 1305-1322, da Casa de Dampierre



Guido de Dampierre (1225-1305), conde da Flandres (1278), que administrou o condado da Flandres após a morte do irmão (1251), foi sucedido pelo filho, Roberto III da Flandres, conde da Flandres em 1305-1322, da Casa de Dampierre.

Roberto III da Flandres
Luís I da Flandres, conde da Flandres, conde de Nevers e de Rethel (neto do antecedente)

O conde Luís I da Flandres foi neto e sucessor de Roberto III.



Odo de Borgonha (herdeiro do ducado de Borgonha, que faleceu antes do seu pai e sem filho varão e que foi, ainda, irmão de Roberto II, duque de Borgonha) e Matilde II de Bourbon, condes de Nevers
~
Iolanda de Borgonha, condessa de Nevers (título herdado da mãe), casada em segundas núpcias (sem prole do primeiro casamento) com Roberto III, conde da Flandres (membro da Casa de Dampierre, também no estado de viúvo)
~
Luís I, conde de Nevers e herdeiro do condado da Flandres (faleceu, também, antes do seu pai), casado com a condessa Joana de Rethel
~
Luís I da Flandres, conde da Flandres, conde de Nevers e de Rethel, da Casa de Dampierre, casado com Margarida da França (falecida em 1382), filha do rei Filipe V da França, que foi posteriormente Margarida I de Borgonha (condessa palatina de Borgonha, condessa de Artois)
~
Luís II da Flandres, conde palatino de Borgonha, conde da Flandres, conde de Nevers e de Rethel, da Casa de Dampierre (falecido em 1384), casado com Margarida do Brabante (filha de João III do Brabante, duque do Brabante e de Limburgo)
~
Margarida III da Flandres, condessa da Flandres, de Borgonha, de Artois, de Nevers e de Rethel (falecida em 1405), herdeira do ducado do Brabante e de Limburgo, casada em primeiras núpcias com o duque Filipe I de Borgonha (falecido em 1361, sem descendência) e em segundas núpcias com Filipe II de Borgonha (duque em 1363-1404, descendente da dinastia de Valois, filho de João II da França)



Luís II da Flandres, conde palatino de Borgonha, conde da Flandres, conde de Nevers e de Rethel
Margarida III da Flandres, condessa da Flandres, de Borgonha, de Artois, de Nevers e de Rethel (falecida em 1405)

Margarida III da Flandres e o consorte Filipe II da Borgonha, condes da Flandres (em 1384 surgem os Países Baixos da Borgonha)

Margarida III, casada em primeiras núpcias com o duque Filipe I de Borgonha, membro da dinastia Capetiana que não teve descendência (falecido em 1361) e em segundas núpcias com Filipe II de Borgonha, herda o condado da Flandres em 1384.



Odo IV, duque de Borgonha (em 1315-1349), da Dinastia Capetiana, casado com Joana III, condessa palatina de Borgonha (em 1330-1347)
~
Filipe de Borgonha, conde de Auvergne e de Bolonha (conde consorte, falecido em 1346), casado com Joana I de Auvergne, condessa de Auvergne e de Bolonha, que foi depois rainha da França, consorte de João II da França (união sem prole)
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duque Filipe I de Borgonha (falecido em 1361 sem descendência), casado com Margarida III da Flandres (falecida em 1405)



Filipe II de Borgonha, duque em 1363-1404 (descendente da dinastia de Valois, filho de João II da França), com a consorte, Margarida III da Flandres (com o consórcio a Borgonha ficou herdeira do Franco Condado e da Flandres)

Filipe II de Borgonha e Margarida III da Flandres (viúva de Filipe I de Borgonha) foram pais do duque João I de Borgonha (duque em 1404-1419).


Países Baixos da Borgonha, 1384

Em 1384 surgem os Países Baixos da Borgonha, que integram vários feudos dos duques da Borgonha, Filipe II de Borgonha e Margarida III da Flandres, incluindo o condado da Flandres. Assim, o condado da Flandres e os outros estados dos Países Baixos passam a integrar o património dos duques de Borgonha.


Casa dos duques de Borgonha (1384/1404-1482), da dinastia de Valois

O condado da Flandres, parte de uma união pessoal, integra-se nos Países Baixos da Borgonha, sob a suserania dos duques de Borgonha, desde o duque João I ao último duque, Carlos de Borgonha.



Filipe VI, rei da França (em 1328-1350), fundador da dinastia de Valois (ramo colateral da dinastia Capetiana), neto de Filipe III da França, foi casado em primeiras núpcias com Joana de Borgonha (rainha consorte), que foi filha do duque Roberto II de Borgonha (e irmã dos duques Hugo V e Odo IV)
~
João II, rei da França (em 1350-1364), da Dinastia de Valois
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Filipe II de Borgonha, duque em 1363-1404, casado com Margarida III da Flandres (que foi casada em primeiras núpcias com Filipe I de Borgonha, falecido em 1361)
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João I, duque de Borgonha (em 1404-1419)



João I, duque de Borgonha (em 1404-1419)
Filipe III, o Bom, duque de Borgonha (em 1419-1467, filho do antecedente), fundador da Ordem do Tosão de Ouro, casado em terceiras núpcias com Isabel de Portugal (filha do rei João I)
Carlos, o Temerário, último duque de Borgonha em 1467-1477 (neto materno de João I de Portugal)

Dezassete Províncias
Em 1477, após o fim do ducado da Borgonha (Carlos de Borgonha foi derrotado por Luís XI da França, pelos cantões suíços e pelo duque de Lorena), surgem as Dezassete Províncias, continuando a serem governadas pelos “duques titulares”. As Dezassete Províncias eram Artois, Flandres, Malinas, Namur, Hainaut, Zelândia, Holanda, Brabante, Limburgo, Luxemburgo, Utreque, Frísia, Guéldria, Groninga, Drente, Overissel e, ainda, Zutphen.

Maria de Borgonha, duquesa titular de Borgonha em 1477-1482, com o consorte, o imperador Maximiliano I de Áustria

Maria de Borgonha, duquesa titular de Borgonha em 1477-1482, com o consorte (em 1477), o imperador Maximiliano I de Áustria (Maximiliano I governou a Borgonha com a consorte, o filho e, também, com o neto). Maximiliano I (da casa de Áustria) foi imperador em 1508-1519 do Sacro Império Romano-Germânico, filho do imperador Frederico III de Habsburgo e de Leonor de Portugal (filha do rei Duarte I).

Maria de Borgonha (filha de Carlos, o Temerário) e o consorte, imperador Maximiliano I, governaram em conjunto desde 1477. Com a soberania da Casa de Áustria, a totalidade da Flandres passa para a esfera de influência do Sacro Império Romano-Germânico.


Países Baixos Habsburgueses, 1482-1795

Em 1482, as Dezassete Províncias passam para a soberania da Casa de Áustria, ficando conhecidas como Países Baixos Habsburgueses, que inclui os Países Baixos espanhóis (1556), os Países Baixos do sul (1581, com a declaração de independência das Províncias Unidas do norte) e, também, os Países Baixos austríacos (1715).


Casa de Áustria (1482-1700)

Filipe I de Castela, duque titular de Borgonha (em 1482-1506, com regência do pai, Maximiliano I, na sua menoridade, até 1494) e rei de Castela (em 1506), casado com Joana I de Espanha (reinou, em 1504-1555, com o pai Fernando II de Aragão, o consorte Filipe I de Castela e, também, com o filho Carlos I de Espanha)

imperador Carlos V (1520), rei de Espanha (1516), pai de Filipe II de Espanha, foi, ainda, duque titular de Borgonha em 1506-1556 (com regência, por menoridade, assumida pelo avô Maximiliano I de Áustria e, depois, pela tia arquiduquesa Margarida de Áustria até 1515)






Imperador Carlos V, rei de Espanha

(Clicar na imagem para ampliar)



Países Baixos espanhóis (1556)

Os Países Baixos espanhóis são uma série de estados vassalos do Sacro Império Romano-Germânico e, também, parte da Casa de Áustria, existindo apenas uma união pessoal entre a Espanha e os estados dos Países Baixos.

Filipe II de Espanha (desde 1556) e I de Portugal (em 1581-1598), duque titular da Borgonha em 1556-1598, soberano dos Países Baixos desde 1555

Filipe II de Espanha e I de Portugal (falecido em 1598), filho do imperador Carlos V, rei de Espanha (Carlos I) e de Isabel de Portugal, foi pai de Carlos, príncipe das Astúrias (falecido em 1568), da infanta Isabel de Espanha (arquiduquesa de Áustria, soberana dos Países Baixos, duquesa titular de Borgonha), de Diogo Félix, príncipe das Astúrias e príncipe de Portugal (falecido em 1582) e, ainda, de Filipe III de Espanha e II de Portugal (que foi pai de Filipe IV de Espanha).

Guerra dos Oitenta Anos, 1568-1648
Guerra dos Países Baixos contra a casa de Áustria de Espanha, iniciada por Guilherme I de Orange (1533-1584). Guilherme I, príncipe de Orange (desde 1544), da Casa de Orange-Nassau, «stadhouder» de várias províncias dos Países Baixos, foi, também, avô de Guilherme II, príncipe de Orange (em 1647-1650).


Países Baixos do sul (1581)
Em 1581, as Províncias Unidas do norte declaram-se independentes dos Países Baixos do sul (Países Baixos espanhóis, da Casa de Áustria).

República das Sete Províncias Unidas dos Países Baixos (Províncias Unidas, República holandesa), 1581/88-1795


Isabel de Espanha e Alberto de Áustria, soberanos dos Países Baixos (em 1598-1621)

Em 1598, a infanta Isabel Clara Eugénia (filha de Filipe II de Espanha e de Isabel de Valois, rainha consorte de Espanha) e o consorte Alberto de Áustria (primos direitos, Alberto foi filho do imperador Maximiliano II do Sacro Império) foram designados por Filipe II de Espanha como co-soberanos dos Países Baixos e da Borgonha.

Alberto, arquiduque de Áustria e Isabel, infanta de Espanha, soberanos dos Países Baixos foram governantes das Dezassete Províncias, embora de facto apenas dos estados do sul (Países Baixos do sul).

Após o falecimento de Alberto de Áustria, em 1621, sem descendência, os Países Baixos do sul passam para Filipe IV de Espanha, que mantém Isabel de Espanha no governo, mas com menos poderes. O rei Filipe IV de Espanha foi sobrinho de Isabel de Espanha e filho de Filipe III de Espanha e II de Portugal (que reinou em 1598-1621).

Filipe IV de Espanha (reinado em 1621-1665) e III de Portugal, rei de Portugal até 1640 (restauração da independência com João IV, fundador da dinastia de Bragança)
Carlos II de Espanha (reinado em 1665-1700)

Carlos II, rei de Espanha em 1665-1700 (regência da mãe, Mariana de Áustria, em 1665-1675), da casa de Áustria, faleceu em 1700 sem descendência e foi sucedido pelo sobrinho-neto, Filipe V, fundador da dinastia Bourbon (neto de Luís XIV da França), dando origem à Guerra da Sucessão Espanhola (1701-1713/15).

Carlos II de Espanha nomeou Maximiliano III, Eleitor da Baviera (falecido em 1726, pai do futuro imperador Carlos VII do Sacro Império em 1742-1745), casado em primeiras núpcias com Maria Antónia de Áustria (neta materna de Filipe IV de Espanha, falecida em 1692, e que foram pais de José Fernando da Baviera, falecido ainda criança em 1699, herdeiro de Carlos II de Espanha) e, portanto, consorte da sobrinha do rei de Espanha e genro do imperador Leopoldo I do Sacro Império (falecido em 1705, sucedido pelos filhos, José I e Carlos VI), para governador dos Países Baixos espanhóis, em 1691 (opositor dos Habsburgo do Sacro Império).

A Maximiliano III, Eleitor da Baviera (soberano em 1679-1726, membro da dinastia de Wittelsbach), como último governador dos Países Baixos espanhóis em 1692-1706, seguiu-se um Conselho de Estado (os Países Baixos do sul são ocupados pela Inglaterra e pelas Províncias Unidas do norte), no âmbito da Guerra da Sucessão Espanhola (1701-1713/15), até à governação do imperador Carlos VI do Sacro Império (em 1713), surgindo então os Países Baixos austríacos. O Tratado de Utreque, de 1713-1715, pôs fim à Guerra da Sucessão Espanhola.


Dinastia Bourbon (1700-1713)

Filipe V de Espanha (1700-1713), fundador da dinastia Bourbon em Espanha (tendo governado a Espanha entre 1700 e 1746, bem como os reinos de Nápoles, até 1707, e da Sicília, até 1713)

Filipe V (antes, Filipe de Anjou) foi rei de Espanha em 1700/15-1724 e 1724-1746 (fundador da dinastia Bourbon)



Luís XIV, rei da França (em 1643-1715), casado com a prima direita, Maria Teresa de Áustria (filha de Filipe IV de Espanha e irmã de Carlos II, o último rei espanhol da Casa de Áustria e, também, prima direita e cunhada do imperador Leopoldo I do Sacro Império)
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Luís, “o Grande Delfim” (delfim da França)
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Filipe V de Espanha (antes, Filipe, duque de Anjou), rei em 1700/15-1724 e 1724-1746 (sucessor de Carlos II de Espanha, na sequencia da Guerra da Sucessão Espanhola de 1701-1713/15), foi irmão de Luís, delfim da França e duque de Borgonha e, portanto, tio de Luís XV da França (em 1715-1774) e foi, ainda, fundador da dinastia Bourbon dos reis de Espanha (também rei de Nápoles e da Sicília)



O último rei da dinastia de Habsburgo em Espanha, Carlos II, faleceu em 1700 e foi sucedido por Filipe V, fundador da dinastia Bourbon em Espanha e neto de Luís XIV da França, em disputa do trono espanhol, na Guerra da Sucessão Espanhola, com o imperador Carlos VI de Áustria (que também foi no Sacro Império o último membro da dinastia de Habsburgo em linha varonil directa).


Guerra da Sucessão Espanhola, 1701-1713/15


Países Baixos austríacos (1715)
Com o fim da Guerra da Sucessão Espanhola, os Países Baixos do sul passam para a soberania do ramo austríaco dos Habsburgo, surgindo, assim, os Países Baixos austríacos (que são, também, os Países Baixos Habsburgueses, 1482-1795).


Casa de Áustria (1713-1780)

imperador Carlos VI de Áustria, do Sacro Império Romano-Germânico (em 1713-1740)

Carlos VI foi imperador em 1711-1740 do Sacro Império e conde da Flandres desde 1713, com outros títulos dos Países Baixos Habsburgueses.

O imperador Carlos VI (irmão e sucessor de José I) foi o último membro da dinastia de Habsburgo em linha varonil directa, pai de Maria Teresa de Áustria (casada com Francisco I de Lorena) e de Maria Ana de Áustria.



Leopoldo I de Áustria, imperador do Sacro Império Romano-Germânico em 1658-1705, foi casado em primeiras núpcias com a sobrinha (e prima direita materna), Margarida Teresa de Áustria, infanta de Espanha (filha de Filipe IV de Espanha e, também, irmã consanguínea de Carlos II, último rei da dinastia de Habsburgo em Espanha, falecido em 1700 – Guerra da Sucessão Espanhola) e, em segundas núpcias, com Cláudia Felicidade de Áustria (também uma membro da Casa de Áustria) e, ainda, em terceiras núpcias com Leonor Madalena de Neuburgo (filha de Filipe Guilherme, duque e conde palatino do Palatinado-Neuburgo e Eleitor do Palatinado e, também, irmã de Maria Sofia de Neuburgo, segunda consorte de Pedro II de Portugal)
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Maria Antónia de Áustria (falecida em 1692, que foi filha de Margarida Teresa de Áustria), casada (primeira consorte) com Maximiliano II, Eleitor da Baviera (posteriormente foi pai de Carlos VII da Baviera, imperador do Sacro Império) e que foram pais de José Fernando da Baviera (1692-1699)
&
José I, sacro imperador romano-germânico em 1705-1711 (sucessor do pai no trono e que foi filho de Leonor Madalena de Neuburgo), pai de Maria Josefa de Áustria (casada com Frederico Augusto II, príncipe-eleitor da Saxónia e, como Augusto III, rei da Polónia e grão-duque da Lituânia, com descendência) e, também, de Maria Amália de Áustria (casada com Carlos Alberto da Baviera, Eleitor da Baviera em 1726-1745, rei da Boémia em 1741-1743, da dinastia de Wittelsbach, depois Carlos VII da Baviera, imperador do Sacro Império em 1742-1745, depois do imperador Carlos VI e antes do imperador Francisco I)
&
Maria Isabel de Áustria, arquiduquesa da Áustria e governadora dos Países Baixos
&
Maria Ana de Áustria, rainha consorte do primo direito João V de Portugal (que foi filho de Maria Sofia de Neuburgo)
&
Carlos VI, sacro imperador romano-germânico em 1711-1740, último membro da dinastia de Habsburgo em linha varonil directa (Guerra da Sucessão da Áustria, 1740-1748), pai de Maria Teresa de Áustria (imperatriz do Sacro Império, rainha da Hungria, Croácia e Boémia e arquiduquesa da Áustria, casada com Francisco Estêvão de Lorena, da casa de Lorena, o imperador Francisco I do Sacro Império em 1745-1765) e, também, de Maria Ana de Áustria (casada com o príncipe Carlos Alexandre de Lorena, irmão do imperador Francisco I)



Maria Teresa (regente em 1740-1780) e Francisco I (co-regente com a esposa), imperadores do Sacro Império

Maria Teresa de Áustria, imperatriz do Sacro Império, rainha da Hungria, Croácia e Boémia e arquiduquesa da Áustria (falecida em 1780), casada com Francisco Estêvão de Lorena, o imperador Francisco I do Sacro Império (em 1745-1765).



Francisco I e Maria Teresa, imperadores do Sacro Império Romano-Germânico
~
Leopoldo II, sacro imperador romano-germânico (sucedeu ao irmão José II)
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Francisco I da Áustria, último sacro imperador romano-germânico, como Francisco II, e primeiro imperador da Áustria e, também, presidente da Confederação Germânica



Francisco I de Lorena foi imperador do Sacro Império Romano-Germânico de 1745 a 1765, sendo sucedido pelo filho, o imperador José II (1765).

Guerra da Sucessão da Áustria, 1740-1748

Ocupação francesa dos Países Baixos austríacos em 1746-1748 (Luís XV, rei da França em 1715-1774)


Casa de Habsburgo-Lorena (1745/1765 - 1795)

José II, sacro imperador romano-germânico (em 1765-1790), da Dinastia de Habsburgo-Lorena (Casa de Áustria)

Revolução Brabançona, 1790 (Países Baixos austríacos) e república dos Estados Belgas Unidos (1790)

Leopoldo II de Habsburgo-Lorena, sacro imperador romano-germânico (sucedeu ao irmão José II) em 1790-1792



Francisco I de Lorena, imperador do Sacro Império Romano-Germânico em 1745-1765, foi também duque de Lorena em 1729-1736 (como Francisco III), grão-duque da Toscana (em 1737-1765), casado (em 1736) com Maria Teresa de Áustria (1717-1780), imperatriz do Sacro Império, rainha da Hungria, Croácia e Boémia e arquiduquesa da Áustria (filha de Carlos VI de Habsburgo, imperador do Sacro Império)
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Leopoldo II, sacro imperador romano-germânico em 1790-1792 (sucedeu ao irmão José II, imperador em 1765-1790), da dinastia de Habsburgo-Lorena (dos imperadores José II, Leopoldo II e Francisco II)
~
Francisco I da Áustria, último sacro imperador romano-germânico (em 1792-1806), como Francisco II, e primeiro imperador da Áustria (em 1804-1835, tendo sido sucedido pelo filho Fernando I, imperador da Áustria), foi, também, presidente da Confederação Germânica (em 1815-1835)
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Francisco Carlos de Áustria (irmão de Fernando I, imperador da Áustria e presidente da Confederação Germânica em 1835-1848, que não teve descendência, sendo sucedido pelo sobrinho Francisco José I)
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Francisco José I da Áustria, imperador austro-húngaro (imperador do Império da Áustria que, em 1867, se torna numa monarquia dualista, o Império Austro-Húngaro dissoluto em 1918 após a I Guerra Mundial, Reinos e Terras representados no Conselho Imperial e as Terras da húngara Coroa de Santo Estêvão, imperador da Áustria e rei da Hungria), em 1848-1916, e presidente da Confederação Germânica (em 1850, depois das revoluções de 1848, até à dissolução da confederação em 1866, após a vitória do reino da Prússia na Guerra Austro-Prussiana)
&
Maximiliano de Áustria, depois imperador Maximiliano I do México (casado com Carlota do México, imperatriz consorte em 1864-1867, e irmã de Leopoldo II da Bélgica)
&
arquiduque Carlos Luís de Áustria (casado em primeiras núpcias com Margarida da Saxónia, sem descendência, filha do rei João I da Saxónia, em segundas núpcias com Maria Anunciada de Bourbon e Duas Sicílias, filha de Fernando II das Duas Sicílias, com quem teve quatro filhos e, ainda, em terceiras núpcias em 1873, com Maria Teresa de Bragança, filha de Miguel I de Portugal, com quem teve duas filhas, Maria Anunciada de Áustria e Isabel Amália de Áustria, arquiduquesa da Áustria e princesa de Liechtenstein), foi pai do arquiduque Francisco Fernando de Áustria, herdeiro do trono austro-húngaro (assassinado em Saraievo em 1914) e, também, de Oto Francisco de Áustria (casado com Maria Josefa da Saxónia, que foi filha de Jorge I da Saxónia e de Maria Ana de Bragança e, portanto, neta materna de Maria II de Portugal e foi, ainda, irmã do último rei da Saxónia, Frederico Augusto III) e foi, portanto, avô de Carlos I da Áustria (filho de Oto Francisco e último imperador austro-húngaro, em 1916-1918, ao suceder ao tio-avô Francisco José I, e ainda, que foi casado com Zita de Bourbon e Parma, filha de Roberto I de Parma e Maria Antónia de Bragança e neta materna de Miguel I de Portugal)



Francisco II de Habsburgo-Lorena, último sacro imperador romano-germânico a partir de 1792, governou o condado da Flandres em 1792-1795, integrado nos Países Baixos austríacos (1715-1795)

Francisco I da Áustria (reinou em 1792-1835), último sacro imperador romano-germânico, como Francisco II (em 1792-1806), e primeiro imperador da Áustria (desde 1804) e, ainda, presidente da Confederação Germânica (em 1815-1835).




Em 1795, o condado de Flandres foi anexado pela França (Primeira República Francesa, 1792-1804) e, por fim, o condado foi dissolvido.

Em 1794/95, deu-se a anexação à Primeira República Francesa, da República das Sete Províncias Unidas dos Países Baixos e dos Países Baixos austríacos.

Domínios da França (República, desde 1792, e Império, até 1815)
Primeira República Francesa (1792-1804)
Primeiro Império Francês (1804-1814 e 1815)

Ocupação francesa no norte (anteriores Províncias Unidas):

República Batávica, 1795-1806. Estado satélite da França (Países Baixos do norte).

Reino da Holanda, 1806-1810 (Países Baixos do norte). Luís I e Luís II, da Casa de Bonaparte.

Anexação ao Império Francês, em 1810, dos Países Baixos do norte (até 1813).

Principado dos Países Baixos Unidos, 1813-1815 (fim da anexação francesa no norte, em 1813).

O Principado (Países Baixos do norte) era constituído pelas seguintes províncias: Guéldria, Holanda, Zelândia, Utreque, Frísia, Overissel, Groninga, Brabante e, ainda, Drente.


Nos Países Baixos do sul (anteriores Países Baixos austríacos), em 1814/15 dá-se o fim da anexação francesa, com governos-gerais dependentes de Francisco I da Áustria (Império da Áustria), nos territórios conquistados ao Império Francês.

Em 1815, surge (no norte e sul) o Reino Unido dos Países Baixos (1815-1830).

Em 1830, o Reino da Bélgica, com o rei Leopoldo I. O monarca, da Casa de Saxe-Coburgo-Gotha, primeiro rei dos Belgas em 1831-1865, foi casado em segundas núpcias com Luísa de Orleães (a primeira rainha, que foi filha do rei Luís Filipe I da França).

Bélgica, Países Baixos e Luxemburgo formam o actual Benelux.





Os condes da Flandres
Genealogia da infanta Matilde de Portugal, condessa da Flandres, duquesa de Borgonha


Borgonha


Roberto II, “o Pio” (c. 972-1031), rei dos Francos (em 996-1031)
~
Roberto I, duque de Borgonha (pai de Constança de Borgonha, rainha consorte de Afonso VI de Leão e Castela), irmão de Henrique I, rei dos Francos em 1031-1060 (antes duque de Borgonha)
~
Henrique de Borgonha, herdeiro do duque de Borgonha (faleceu pouco antes do seu pai)
~
Hugo I, duque de Borgonha (sucessor de Roberto I)
&
Odo I, duque de Borgonha
&
Henrique de Borgonha, Conde de Portucale (1066-1112), avô da infanta Matilde de Portugal, condessa da Flandres e, depois, duquesa de Borgonha



Odo I, duque de Borgonha (tio-avô de Matilde da Flandres, infanta de Portugal)
~
Hugo II, duque de Borgonha
~
Odo II, duque de Borgonha
~
Hugo III, duque de Borgonha, da Dinastia Capetiana, casado com Alice de Lorena
~
Odo III (1166-1218), duque de Borgonha (em 1192-1218), casado em primeiras núpcias com Matilde de Portugal (infanta de Portugal e viúva de Filipe da Alsácia, conde da Flandres), sem descendência e, em segundas núpcias, com Alice de Vergy (filha de Hugo, senhor de Vergy, que seria regente na menoridade do seu filho Hugo IV de Borgonha)
~
Hugo IV (c. 1214-1272), duque de Borgonha (em 1218-1272)
~
Odo de Borgonha, conde de Nevers (herdeiro do ducado de Borgonha, que faleceu antes do seu pai e sem filho varão), casado com Matilde II de Bourbon, condessa de Nevers (título herdado da mãe)
&
João de Borgonha, senhor de Charolais e senhor de Bourbon (faleceu, também, antes do seu pai, sem filho varão), casado com Inês de Bourbon (herdeira do senhorio de Bourbon, que foi filha de Archambaud IX de Bourbon, senhor de Bourbon, membro da Casa de Dampierre)
&
Roberto II (falecido em 1305), duque de Borgonha (sucedeu ao pai em 1272), casado com Inês da França (filha do rei Luís IX, São Luís da França e, também, irmã de Filipe III, rei da França em 1270-1285)



Roberto II, duque de Borgonha, casado com Inês da França (filha de Luís IX)
~
Hugo V, duque de Borgonha (sem descendência; foi rei titular da Tessalónica, um Estado Cruzado)
&
Branca de Borgonha, casada com Eduardo, conde de Sabóia (foram pais de Joana de Sabóia, falecida sem descendência)
&
Margarida de Borgonha, rainha consorte (primeira) de Luís X, rei da França e de Navarra (em 1314-1316; bisneto do rei Luís IX), tendo sido pais da rainha Joana II de Navarra (em 1328-1349), antepassada dos reis de Navarra (dinastia de Evreux)
&
Joana de Borgonha, rainha consorte de Filipe VI, rei da França (primo direito do rei Luís X), tendo sido pais de João II da França e, portanto, avós de Filipe II de Borgonha
&
Odo IV, duque de Borgonha, casado com Joana III, condessa palatina de Borgonha, sendo ambos avós de Filipe I, duque de Borgonha (que os sucedeu no ducado e no condado)
&
Luís de Borgonha (sem descendência)
&
Maria de Borgonha, condessa consorte de Eduardo I, conde de Bar
&
Roberto de Borgonha (sem descendência)



Flandres & Borgonha


Teodorico II, duque de Lorena
~
Simão I, duque de Lorena (tio de Filipe da Alsácia)
&
Teodorico da Alsácia, conde da Flandres (irmão consanguíneo de Simão I)



Teodorico II, duque de Lorena
~
Simão I de Lorena
~
Mateus I de Lorena (primo direito de Filipe da Alsácia)
~
Alice de Lorena, casada com Hugo III, duque de Borgonha (e irmã de Simão II de Lorena)
~
Odo III de Borgonha, casado em primeiras núpcias com Matilde de Portugal (infanta de Portugal e viúva de Filipe da Alsácia, conde da Flandres), sem descendência



Borgonha & Flandres


Guido I de Albon (Guigo em latim, Guigues em francês)
~
Guido II de Albon (foi casado em segundas núpcias com Inês de Barcelona, que foi filha do conde Raimundo Berengário I de Barcelona e da condessa Almodis)
~
Guido III de Albon (filho de um primeiro casamento de Guido II de Albon)
~
Mafalda de Albon (1105-1145), ou Matilde, da casa condal do Delfinado, casada com o conde Amadeu III de Sabóia e de Moriana (c. 1095-1148), foi, também, irmã de Guido IV de Albon (pai de Guido V de Albon)
~
Mafalda de Sabóia (1125-c. 1157), rainha de Portugal, por casamento, em 1146, com Afonso I, primeiro rei de Portugal
~
Matilde, condessa da Flandres (irmã de Sancho I, rei em 1185-1211)



Guido III de Albon
~
Guido IV de Albon
~
Guido V de Albon
~
Beatriz de Albon, casada (segundo consorte) com Hugo III, duque de Borgonha (pai de Odo III de Borgonha, que foi filho de Alice de Lorena)



Humberto II de Sabóia e Gisela de Borgonha (da casa dos condes da Borgonha, que foi filha de Guilherme I, “o Grande”, conde palatino de Borgonha)
~
conde Amadeu III de Sabóia e de Moriana (c. 1095-1148), casado com Mafalda de Albon (pais da rainha Mafalda e, portanto, avós maternos da condessa Matilde)



Guilherme I, “o Grande”, conde palatino de Borgonha (da Casa de Ivreia)
~
Reinaldo II de Borgonha
&
Estêvão I de Borgonha (sucedeu ao irmão Reinaldo II)
&
Raimundo de Borgonha, conde da Galiza, casado com Urraca de Castela e Leão (tia do rei Afonso I de Portugal), tendo sido pais de Afonso VII de Castela e Leão
&
Guido de Borgonha (1060? -1124), arcebispo de Vienne, depois Papa Calisto II (em 1119-1124); foi feito arcebispo de Vienne, França (na região de Ródano-Alpes), em 1088, antes de ter sido eleito Papa em 1119, num conclave reunido em Cluny; convocou, ainda, o Concílio de Latrão I (1123)
&
Sibila de Borgonha, casada com Odo I, duque de Borgonha (tio de Afonso I de Portugal)
&
Gisela de Borgonha, casada em primeiras núpcias com Humberto II de Sabóia (conde em 1080), tendo sido pais de Adelaide de Sabóia, rainha consorte de Luís VI, rei dos Francos (em 1108-1137) e, também, de Amadeu III de Sabóia (pai de Mafalda de Sabóia, rainha consorte de Afonso I de Portugal)
&
Clemência de Borgonha, casada em primeiras núpcias com Roberto II, conde da Flandres
&
Berta de Borgonha, terceira esposa (após a morte de Constança) de Afonso VI de Leão e Castela (avô de Afonso I de Portugal), falecida sem descendência



Flandres & Portugal


Roberto II, “o Pio”, rei dos Francos (dinastia Capetiana de reis francos e reis franceses)
~
Roberto I, duque de Borgonha (Casa Capetiana de Borgonha)
~
Henrique de Borgonha, herdeiro do ducado de Borgonha (pai dos duques Hugo I e Odo I)
~
Henrique de Borgonha, conde de Portucale (em c. 1093-c. 1112), descendente da linhagem dos reis francos e do ducado da Borgonha, casado com D. Teresa, condessa de Portucale e infanta de Leão, regente (em c. 1112-1128) na menoridade do filho, com o título de “regina” (rainha), que foi filha natural de Afonso VI de Leão e Castela
~
D. Afonso Henriques, "o Conquistador" (Primeira Dinastia – Afonsina), casado com D. Mafalda, herda em 1112 e governa em 1128-1139 o Condado Portucalense (filho do conde D. Henrique e da rainha D. Teresa e neto do imperador D. Afonso VI), fundador da nacionalidade portuguesa, como Afonso I, rei em 1139-1185 e que foi, portanto, o primeiro rei de Portugal (independente desde 1139, reconhecido pelo rei de Leão e Castela em 1143 e pelo Papa em 1179)
~
infanta Matilde de Portugal, condessa da Flandres, duquesa de Borgonha (“rainha Matilde”, falecida em 1218), que foi irmã do rei Sancho I de Portugal e da rainha Urraca, consorte de Fernando II de Leão e, também, tia do infante Fernando de Portugal, conde da Flandres (em 1212-1233, com a consorte, Joana de Constantinopla) e do rei Afonso II, o terceiro de Portugal em 1211-1223 (ambos filhos de Sancho I)




NOTAS:
O sinal (~) representa: «filhos entre outros».

Os casamentos e filhos apresentados não são exclusivos.


Sinal gráfico (&) usado para substituir a conjunção «e» (representa a conjunção latina et).